FUGINDO DA MORTE
JOÃO RODRIGUES
1
Vou apenas falar
O que está maltratando
Um coração amargurado
Num peito de engano,
2
Bicho que sempre sofreu
Até sem saber por quê
Talvez sempre a chorar
No destino a correr,
3
Como sangue nas veias
Corre sem poder parar
Como lágrimas na face
Lá na hora do clamar,
4
Olhar singelo de fé
No ritmo talvez do tempo
Nuvem perdida vagante
Assoprada pelo vento,
5
Corra bicho desgraçado
Filho sem pátria honrada
Maldita pedra que desce
Da montanha desgovernada,
6
Estrada sem acostamento
Caminho sem sinalização
Loucura ronda a mente
De um povo sem razão,
7
Como a manhã sem sol
Na terra desconhecida
Vontade de voltar atrás
Lá na primeira partida,
8
Tentar nascer de novo
Como ovo a chocar
Nas entranhas inocentes
De uma franga qualquer,
9
Melhor do que ter o nome
Escrito no documento
Passaporte inventado
Pelos preceitos legais,
10
Mesmo assim ilegal
Porém o cheiro do sim
Não duvida amigo
Pois só eles que falam,
11
Falam até sem pensar
Discurso lisonjeador
Escrito por uma fera
Cevada na estribaria,
12
Secretaria infernal
Berço de grandes ninhadas
Olhos grandes na cabeça
Língua bem bifurcada,
13
Não dão chances a ninguém
Nem adianta pedir
Se querem lutam juntos
Até serem vitoriosos,
14
Corja de víboras perversas
Que cressem na gestão
De um eleito fraudulento
De quase toda eleição,
15
Donos de momentos horríveis
Sem alegria e paz
Árvores plantadas
Certamente por satanás,
16
São chamados de senhores
Gozando de regalias
Fazem leis a seus favores
Puros demônios brutais,
17
Voam nos céus do mundo
Sem pagarem o que devem
Remontando compromisso
Nos cofres ao bel prazer,
18
Pouco importa o que faz
Pois o seu dia chegou
Com a fraude lhe recebeu
O titulo e o valor,
19
Dinheiro empoeirado
Sem valor de circulação
Homem sábio enterrado
No arsenal de mentiras,
20
Dor de cabeça constante
Gripe de geração
Doença hereditária
Que assola esta nação,
21
Notícias a toda hora
Bem tracejada ao dizer
Por finos lábios corados
Dos deleites do poder,
22
Tenho vergonha de mim
Já nem posso mais sorrir
Ao ver-me no espelho
Fico perdido no tempo,
23
Vou longe a procurar
Procuro o que não sei
Só sei que procuro algo
Algo que nunca achei,
24
Se pensa que sou pessimista
Alegro-me com isso
Pois sei que não ficará
Com a herança que tenho,
25
Desejo a cada instante
Que venha logo a guerra
Assim diante das armas
Será menos sofrimento,
26
No entanto recuo
Alimentando fantasia
Quem sabe vai melhorar
Assim poderei viver,
27
Andar pelo jardim
De mãos dadas com alguém
Ou até mesmo no parque
Brincando como criança,
28
Quão bom seria
Assim eu seria feliz
Tenho certeza disso
Até iria cantar,
29
Cantar uma canção
O hino nacional
De uma pátria que outrora
Fez muitos cantarem,
30
Ouça a minha canção
Que soneto interessante
O tom sem tom que tem
No leme do navegante,
31
Curta estrada eu vou seguir
Estou feliz por saber
Que tudo agora mudou
Vou seguir a minha vida,
32
De mãos dadas minha gente
Vamos seguir em frente
Esquecer o que passou
Pois tudo agora diferente,
33
Sei que a ilusão
Não é obra do outro mundo
É deste que vivo
Pois sempre fui iludido,
34
Vou correr como lebre
Esconder-me na toca
Antes de fazer a troca
Lá no sombrio castelo,
35
Se quiser correr comigo
Deixe tudo para trás
Não faça nada errado
Num certo tempo,
36
Uivo do lobo perdido
Da matilha enfurecida
Som do sino feroz
Na casa de oração,
37
Nuvem que leva notícia
Na tempestade do tempo
Vento que assopra
As paisagens do destino,
38
Se fosse possível eu faria
Do medo a solução
Levaria em segredo
O poder da oração,
39
Cavalo que corre no campo
Relinchando sem saber
Discursando em tabernas
De tribos desconhecidas,
40
Andam sol e estrelas
Deslizando-se nos céus
Encontrando escuridão
De pensamentos vadios,
41
Raios que brilham nos olhos
As lágrimas do inocente
Que aguarda sem saber
O que está para chegar,
42
Venha ver comigo
Antes de mais confusão
Venha ver o caminho
Para a hora de partir,
43
Ouça o que tem a dizer
Se é que pode escutar
Se é que podes saber
Se tu podes falar,
44
Falar depois do meu dito
No grito da liberdade
Dizer na minha ausência
O que sonhei em fazer,
45
Sofra o mesmo que eu
Na pele senti correr
A fome e o preconceito
Sem ao menos saber,
46
Será que fui condenado
Por uma força maior
Ou ainda é caminhada
Na desgraça,
47
Povo desgraçado
Não deixa oportunidade
Não falam o que querem
Mas que desgraça,
48
Que falta de graça
Que lugar impossível
De ser visível
Que desgraça,
49
Ajude-me
Dei-me aqui uma demão
Passa assim a borracha
Vê se a cor aparece,
50
Retalhe tudo
Corte aos pedacinhos
Tritura tudo direito
Não esqueça,
51
Quero deixar
As mãos livres do mal
Caminhos desligados
Desta pura maldição,
52
Terra sem sal
Água que lavou
Calor enfumaçado
Brasa molhada,
53
Vai gritando
Gente que corre
Vejo as luzes
Brilhando a escuridão,
54
Chorou o que sobrou
Na brasa apagada
Ainda o calor na cinza
Na Jornada,
55
Procure encontrar
Um caminho pra seguir
Mesmo que seja curto
Mas será o seu,
56
Verde sumo do sangue
De uma guerra vencida
Na pobreza de alguém
Que viveu,
57
Sou puro
Considerado ao vinho
Resto de um suco
Extraído do poder,
58
Se eu pudesse ir
Seguir caminho ao léu
Nas barras do tempo
O vento solto que sopra,
59
Corra criança nua
Pros braço da inocência
Distancio-me da ciência
Que vergonha,
60
Vivendo neste drama
Sem poder acordar
Sem olhos para chorar
Na saudade,
61
Sinal vermelho
Abra no tempo marcado
Pára o que tiver
Se tiver tempo para parar,
62
Morro de pena
Por não poder avisar
Aos surdos
Sem ouvir a Deus,
63
Aos mudos
Que não podem falar
Que talvez sentem dor
Na agonia a chorar,
64
Aos cegos
Que não podem ver
As muitas maravilhas
Do Senhor,
65
Às vezes quero correr
Estrada afora a seguir
Despedindo-me de alguém
Que pudesse me ouvir,
66
Graças eu quero dar
Ao Senhor Eterno
Por ter mostrado a mim
Os céus,
67
Quanto vasto é seu leque
Perdido na imensidão
Quão pequeno me sinto
No labirinto,
68
Nuvens são roladas
Em fronteiras imaginárias
Causando um enorme vazio
No meu coração,
69
Que solidão
Nuvem pequena
Barra de ferro frio
No desafio,
70
Se eu estivesse morto
Os vermes me devorando
Meu corpo apodrecendo
Num cheiro desconfortável,
71
Respirando meu perfume
Indesejado da vida
Triste sinto vontade
Que loucura,
72
Querendo me arrumar
Para a próxima festa
No momento de alegria
Desconforto do prazer,
73
Que vergonha
Com esta cara horrível
Quase no esqueleto
Meu sorriso sem lábios,
74
O meu espírito a chorar
De dor por não poder
De a curta vida participar
Gozando de regalias,
75
Não dei valor ao que tive
Não guardei o quinhão
Não respeitei o meu tempo
Que de graça recebi,
76
Não vou me esquecer
De tudo que me foi dado
Ainda vejo jogado
No canto do meu destino,
77
Idiota como me sinto agora
Sem olhos para chorar
Sem coração para amar
No vento solto assopra,
78
Víbora que fui
No tempo que eu vive
Nas estradas que passei
Deixando só desespero,
79
Comida de cão vadio
Sem a fome saciar
Sem lágrimas para chorar
Nos olhos da covardia,
80
Vento forte que passou
Nos olhos da ambição
Pedaço de carne ardida
De luxuria e maldição,
81
E quantos eu fiz chorar
Sem ao menos me desculpar
Mesmo com medo eu via
Boca a murmurar,
82
E levantando poeira
Por onde o ódio seguia
Árvores murchando
Onde eu passava,
83
Vi muitos rios secarem
Talvez por ódio de mim
Ou castigo de Deus
Pela minha ilusão,
84
Carne ardida
Na tábua de um fogão
Tendas de malfeitores
Nos despachos do mal,
85
Encruzilhadas existentes
De encontros assombrosos
De crenças idiotas
Por mentes de orgulhosos,
86
Procura incansada
Na mais completa ilusão
Pois só Deus é o poder
Em tudo que tem na terra,
87
Fenda perdida
No contexto indecifrado
Lacuna sem resposta
De um pequeno tratado,
88
Vou correr
Quero encontrar num lugar
Seja lá onde for
Ali quero deitar,
89
Talvez queira ir comigo
Assistir esse desfecho
Se morre de curiosidade
Ou vive o seu preconceito,
90
E quando lá chegarmos
Poderemos banquetear
Juntaremos-nos a alegria
Pois ali encontraremos,
91
Sei que está pensativo
Sabe que eu não sei
Sente que eu só sei
O que você pensa que sabe,
92
Desculpe se me engano
Do nosso papo furado
Pois nesse vai e vem
Sem um sentido legal,
93
No entanto desprezo
Certa convivência
Pois nunca convivemos
Mas tenho pena de ti,
94
Está sorrindo de mim
Chamando-me de louco
Estou fugindo da morte
Em busca de um viver,
95
Nem sei pra quê
Estou lutando para viver
Uma vida de poder
Até mesmo sem poder,
96
Porém quero poder
Continuar a olhar
Ver gente alegre a chorar
Ou morrer de satisfação,
97
Vamos dormir
Quem sabe no sono vem
Um sonho de alegria
Ou de glória talvez,
98
E se no sonho te encontrar
Gostaria de pedir
Para não sorrir de mim
Se lá no sonho for ruim,
99
Contudo não me acorde
Deixe-me viver
Deixe o sonho acontecer
Até que chega o talvez,
100
E assim poderei
Ver de perto o sofrimento
Dos menos contentes
Que não são sorridentes,
101
Aqueles que não recebem
A pensão do maioral
Do cofre da maldição
De um povo infernal,
102
Terra de cão
Onde latem sem parar
Até mesmo sem ferir
Por cima da cicatriz,
103
Água suja que bebem
Presas em rótulos brilhantes
Nos vídeos da fama
Na marca do dominante,
104
Túmulos que multiplicam
No cemitério do mal
Herança de uma raça
Que veio pra desgraça,
105
Sou desgraçado
Pois vivo a confirmar
A cada dia que passo
De mãos atadas,
106
Sem nada em meus punhos
Parece ser invisível
O laço que laca o boi
No lamaçal do curral,
107
Cara de cavalo
Macaco tolo que grita
Primata civilizado
Cheio de ilusão,
108
Quando vir lutar
Matar os abomináveis
Que estão escravizando
A cada dia,
109
Que campanha
Que portão de ferro duro
Que cadeado maldito
Que nunca rompe,
110
Vai longe idiota
Suba no monte distante
Atira no barril de pólvora
Assista a explosão,
111
Faça alguma coisa
Enquanto é tempo
Deixa de ser covarde
Seja homem,
112
Se ser homem resolvesse
Assim o mundo seria
Cheio de solução
Para tudo,
113
No entanto fico pensando
Na decisão
Onde está a razão
Cadê o pão,
114
Pão da vida
Dito pelo Senhor
Pois ninguém respeitou
A intenção,
115
Cada um quer ser maior
Pisando no companheiro
Rolando no seu beiral
Até a morte,
116
Eu não farei
Fugirei até o fim
Defenderei o meu ser
Só para ver,
117
Ver o final
Dos perdidos
Dos tolos
Dos bandidos,
118
Dos que nunca lutaram
Para defender o quinhão
Dos hipócritas
Do ladrão,
119
Dos simples a esperam
De boca aberta o fim
Dos que acham o tempo
Seu maior advogado,
120
Dos que esperaram o amigo
Na esquina do desejo
Dos que esperam o beijo
Da prostituta vadia,
121
Dos que acreditam no padre
Dos malditos senhores
Dos que lêem a sorte
Dos que prometem,
122
Dos que ficam a olhar
Para lá e para cá
Dos que vão sem voltar
Dos que choram,
123
Dos que pedem perdão
Dos que cantam canção
Dos que lamentam
Dos puros de coração,
124
Dos enamorados
Dos que andam no lado
Do lado de ninguém
Do mesmo jeito,
125
Dos mal feitos
Junto dos malfeitores
Dos salteadores
Dos que roubam o irmão,
126
Dos que negam o pão
Dos que não dão a mão
Dos sovinas
Dos loucos de desejo,
127
Dos que nem vão falar
Dos que falam de mim
Dos que procuram o fim
Mesmo sem encontrar,
128
Dos que choram
Lágrimas enganadoras
Nos olhos de serpentes
Sempre abertos,
129
Falam que são espertos
São do pleito escolhidos
Ou indicados
São da mesma plumagem,
130
Que voam pelo mundo
Com a falsa competência
E falam a mesma língua
Na mais pura consciência,
131
Não sei o que faço
Quero sair do fracasso
Quero rasgar o casco
No meu pequeno espaço,
132
Jogo fora
Atiro para o alto
Todo o meu conhecimento
Liberto o meu tormento,
133
Fico só
No alpendre do tempo
Queimando-me no fogo
Do mundo novo,
134
Vejo o sol ardente
Preparando a terra
Que nela termina
A minha curta sina,
135
Cada quente grão
Da areia
Pão do verme
Que nela habita,
136
Ouço o meu grito
Nas profundezas
Mergulhado na dureza
De um frio coração,
137
Vejo o chão
Ainda coberto de vida
Quase na despedida
Não vejo saída,
138
O que faço
Devo me esconder
Na terra ou no meu ser
Mesmo sem saber,
139
Qual é cara
Lave a cara
Enquanto no for cara
A água rara,
140
Misture com alegria
No rolo da pedra fria
A água rara do dia
Que a vida cara lhe confia,
141
Ande logo
Antes de o fogo chegar
E o seu rio secar
Não adianta gritar,
142
Ninguém vai escutar
O seu pobre lamento
Sem lama não vê o tempo
Marcando o que tu viveste,
143
Sem alegria
Chega o sofrer
Companheiro inseparável
De quem sofre sem morrer,
144
Contudo não peça a morte
Hoje não teve sorte
Ela viajou depois do grito
Na caverna do terror,
145
Quem correu ganhou
Pois não encontrou
Com a despesa
Para pagar,
146
Quanta alegria
Se quiser fugir
Agora é tarde
Nada tem a ver,
147
Quer entender
O que estou falando
Fale consigo mesmo
Pois nunca pensou,
148
Pois vem do pensamento
Junto à decisão
De ser quem é ou foi
Se puder,
149
Eu nunca serei
O que está imaginando
Pode ficar
Se borrando,
150
Não sou vadio
Nem tampouco vaidoso
Não careta
Seu besta,
151
Quer guardar segredo
Abra o seu colchão
Rasga o travesseiro
Procure onde puder,
152
Peça desculpa a todos
Saia antes da hora
Corra antes do grito
Descubra o seu intento,
153
Se todos somos iguais
Pra quê então lutar
Durma o sono eterno
Não precisa acordar,
154
Acontece que acontecer
Você já está ciente
Se for sofrer que sofra
Não tem que escolher,
155
É um rico
Que recebeu a herança
Do lençol da vingança
De um passado desgraçado,
156
Onde na margem da fome
Fazia que não ouvisse
Os gritos de agonia
Dos caídos ao seu lado,
157
Pisando duro no tempo
Correndo pra defender
Mesmo antes de morrer
Estava pronto o seu fim,
158
Agora hipócrita
Como vai se desviar
Dos ferozes vermes
Que estão a te esperar,
159
Não vai sentir dor
Se entregar as chamas
Como lá no inferno
Estará a tua alma,
160
Se é que tem
No entanto não acredito
Sinto no seu grito
Que nem isso tem,
161
Porém se estou enganado
Gostaria de pedir
Não pense mal de mim
Nunca irá me conhecer,
162
Estou escrevendo
Posso lhe desafiar
Quero ver você fazer
Como sempre fez,
163
Faça seu otário
Entre dentro da história
Mude a trajetória
Faça você bonzinho,
164
Será que conseguirá
Com o seu dinheiro imundo
Consulte o seu poder
Com seu cheque sem fundo,
165
Vamos seu babaca
Rasga o exemplar
Mande queimar a todos
Tente me encontrar,
166
Ligue para o corrupto
Dê o seu traseiro a ele
Satisfaça sua farsa
De coisa abominável,
167
Mostre o seu distintivo
Com a marca do poder
Que feita no tempo
Por bichas nojentas,
168
Saia do seu gabinete
Com cheiro de espermas
Ande por aí
Junto a sua corja,
169
Vamos cabra safado
Apanhe as suas armas
Lute contra mim
Neste mundo cibernético,
170
Escute o meu sorriso
No abismo virtual
Leve consigo o exemplo
De uma luta sem fim,
171
Está chorando
Nem sabe onde estou
Talvez perto de ti
A te olhar,
172
Meus olhos pretos
Atrás das grandes lentes
Vendo no mapa
Os seus passos,
173
Pois no próximo
Que traçar o caminho
Que foi ou que irá
Na ganância,
174
Fome que não morre
Sangue que jorra
Escada repleta de ódio
Palácio de desgraçados,
175
Lá bem distante do éden
Onde estará esse Adão
Que talvez sem perdão
Expulso do paraíso,
176
Para onde foi Caim
Depois de tudo feito
Da maldição importa
Sem jeito,
177
E tu Noé
Não ficou arrependido
De ter colocado
Tanta merda na arca,
178
E você Sem
O que tem a dizer
Se estivesse a viver
Depois do lamaçal,
179
Fala Jafé
Não guarde só para ti
Muitos gostariam
Agora de te ouvir,
180
É sua vez Cão
Sei que não pode dizer
Quem dirá por ti
Quem pode ser,
181
Você Abraão
Sei que sofreu
Andou, andou, andou
Assim como alguém,
182
Pobre Isaque
Judeu perdido
Um samaritano
Ou me engano,
183
Diz lá Jacó
Foi boa a traição
Como foi a barganha
Ganhando do seu irmão,
184
Eu vou me calar
Depois posso continuar
Vamos competir
Na eterna barganha,
185
Vamos enganar cada um
Fugindo da morte eterna
Da cisterna profunda
Na seca terra,
186
Da água distante
Do pau seco do campo
Do sujo manto
Empoeirado,
187
Lute como Davi
Destrua o seu gigante
Conquiste o seu poder
Misturando nas amantes,
188
Durma quando chegar
O cansaço eterno
Se entregue sem receio
Ao seu momento,
189
Da coisa que não domina
Não conhece o poder
Só você
É que deve lutar,
190
Para assim encontrar
Se assim desejar
Pode agora achar
A salvação,
191
Ela ainda é de graça
Não custa nada
Não precisa de poder
Não pode um poder assim,
192
Ela é toda sua
Basta só aceitar
Alguém que veio ao mundo
Deu a vida pra te salvar,
193
Se quiser é toda sua
Pegue, pois é de graça
Não zombe
Não seja louco,
194
Não se faça de otário
Sabe o que eu falo
Seja breve
Peça agora o perdão,
195
Encontre a solução
Declare de corpo e alma
Tenha calma
Ele te espera,
196
Vai
Chega devagarzinho
Escolha o seu caminho
Não precisa comprar,
197
Ali um pedaço de chão
Pois já está pronta
A linda morada
Para todos que aceitarem,
198
Como seu salvador
O salvador da tua alma
Da tua vida
O Senhor Jesus Cristo,
199
Fuja da morte
Enquanto é tempo
Voa no vento
Como ser,
200
Agora é novo
Tudo diferente
Com Jesus está feliz
Na cidade eterna,
201
Nova Jerusalém
Cidade celestial
Ali você vai estar
Bem distante do mal,
202
Agora pode
Regozijar no senhor
Pois o aceitou
De todo seu coração,
203
Não é ilusão
Nem precisa gritar
Se quiser pode cantar
Pode louvar,
204
Tudo agora e eterno
Sem nada mais
Sem mais
Do mais,
205
Pois o a do amor
Venceu
Você ganhou
Por aceitar,
206
O b do bem
Chegou também
Para mostrar
A você,
207
O c do Cristo
O nosso salvador
Que junto estar
Daqueles que o aceitou,
208
Junto com o d de Deus
Junto a Deus
Pai o todo
Infinitamente poderoso,
209
Encontre lá o e
Presente naturalmente
Com o Senhor
Na Eternidade,
210
Bem longe do f
Do fim
Que não terá
Lá,
FIM
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