sábado, 29 de abril de 2023

Sonhos João Rodrigues

 SONHOS

 

JOÃO RODRIGUES

 

          Agora gostaria de convidar você para seguir por aí, junto iremos ouvir as histórias dos sonhos que me contaram. Eu também vou contar alguns que sonhei.

          Bem, em primeiro lugar vou contar um dos meus. A esse quero dar o título de “A CIDADE DAS PESSOAS DO ROSTO FINO”.

            No sonho eu estava dentro de um trem de ferro, o qual parou numa cidade no qual tinha suas casas construídas  com ferro.

          Eram casas pequenas, mas, no entanto saia de dentro delas às pessoas, os seus habitantes. Eram pessoas entranhas, tinham o rosto fino.

          Parecia ali um ponto de parada do trem, sei que saí para tomar café e percebi que aquelas pessoas com rosto fino, tinham também os seus pés como se fossem pés de aves. Além disso, de uma forma exemplar elas se vestiam de roupas coloridas, eram muito bonito o modelos de suas roupas, até me fez sentir inveja... Como era bonito, muito...          

No entanto me senti contrariado com a maneira exótica delas tomarem café com canudo, pois o rosto fino que tinham não lhes permita ser como a gente.

          Dava até uma coisa ruim em mim, de modo que resolvi ir para o trem, porém este já tinha ido, sei que no sonho fiquei meio triste que apenas meus olhos podiam ver lá na distância o tal trem seguindo... 

            Quando o trem se foi me senti com muito medo de ficar ali na cidade das pessoas com o rosto fino.

            Saí andado pela linha de ferro com medo de olhar para trás, pois no sonho eu tinha medo de ficar ali e também ficar com o rosto fino igual aquelas pessoas, assim sai andando sem olhar para trás, fui...fui...

            - Ei moço, ei...

            Olhei para trás...

             - Vamos, vamos...

            Quem me chamava era um carro, e parecia que o carro andava sozinho, mas no banco do passageiro tinha uma mulher estranha.

            - Entre e dirija o carro, entre.

            A mulher ordenou-me, assim vi que já não estava mais naquela cidade, pois o rosto dela não era fino como os das pessoas das roupas coloridas.

            Não compreendi o que teria conduzido aquele carro até ali, uma vez que não tinha motorista, mas antes eu dirigi aquele carro do que ficar naquela cidade.

          De modo que me assentei no banco do carro e saí dirigindo para o lugar que a mulher mandava.

          - Vamos filho, vamos rápido, vamos...

          A voz da mulher era uma voz estranha, mas como era estranha eu até fiquei com medo dela, porque era muito estranha.

            - Mas para onde devemos ir com tamanha velocidade, hem, para onde?

          - Ge, ge, ge re re re.

     - Eu não quero saber de ge, ge, coisa nenhuma, pra onde estamos indo mesmo?

            A estrada que íamos parecia não acabar, sei que especialmente ela era uma estrada bem diferente de todas as estradas que eu já tinha andado, parecia um sonho, eu parecia não saber que estava sonhando, mas não conseguia saber o mistério da estrada.

          Lá bem adiante resolvi não obedecer ao que a mulher tentava falar, ou que falava, porém eu nem mesmo estava dando ouvidos a ela. 

            - Vou mudar de rumo - murmurei comigo mesmo.

       Mas antes de parar, voltei a insistir comigo.

            De modo que quando pisei no freio o mesmo não obedeceu, como vi o meu corpo quente se sentir na dor como seria a partir daí como seria. 

            - A senhora é louca, não podia fazer isso, não podia.

            E aquela coisa ficou sorrindo de mim, aquele sorriso esquisito, naturalmente eu sei que aquele era sorriso, sorriso estranho eu não gostei muito do tal sorriso. 

            E assim fiquei sem definitivamente saber o que fazer descer não podia, a velocidade era muito grande, não dava mesmo condições para descer.

          - Já que é assim mulher do sorriso louco eu vou, me...

          Nem terminei de falar, toquei a mão no volante e resolvi ir para a ribanceira, me chocar com ela e tudo não deixando assim nada.

          - Vai tudo pro...

          - Não faça nada  - argumentou a mulher         

- Por que sua coisa do sorriso?

      Ela sorriu novamente e de modo que percebi que o carro não obedecia ao volante.

          - Meu Deus! Não obedece ao volante, que tipo de coisa é essa. O que é essa coisa estranha?

          Pois mais estranho foi quando pode encontrar a coisa do carro, o volante na minha mão ele se soltou, assim percebi que tudo estava perdido, de modo que pedi a mulher: 

            - Será que não dá pra senhora me deixar no lugar onde me apanhou?

          - Você quer voltar lá pra casa?

          - Que casa você está querendo dizer? -  indaguei a mulher com surpresa.

          - Se pra casa do povo do rosto fino.

            - Não quero saber de ir pra aquele lugar, não quero mesmo.

          - Então dirija com a mente, é só pensar.

          - Não estou entendendo?

            - Pense, pense, pense o que você quiser pensar, pense...

      Não conseguia entender o que a mulher falava, mas se ela disse que era para pensar eu comecei a pensar, pensei, mas o meu pensamento no sonho era um pensamento meio bobo eu nem tinha mesmo o que pensar, mas pensei ir para muito longe, fingi como se fosse mesmo longe daquela cidade das pessoas da cara fina, do rosto fino.

            Logo que pensei vi que o carro abandonou a estrada e suavemente saiu voando.

          - Nossa, está voando!

          Falei como se fosse uma criança feliz ou encantada com tamanha beleza, sei que o carro flutuava com muita suavidade.

          - Está gostando? -  perguntou a mulher.

          - Sim, estou aqui em cima, é muito bom.             Quando terminei de falar a mulher falou:

          - Então pule, não preciso mais de você, não quero saber de pessoa que gosta de voar, quem voa na verdade não tem bom pensamento, pule vamos pule.

          Nem dei o meu ponto de vista, sei que uma  coisa me tirou de dentro do carro e logo me vi voando.

          - Meu Deus, estou em apuros, será que estou sonhando, será que isso é sonho, será que como as pessoas dizem que muitos não sabem que estão sonhando quando sonha.     

            Lá embaixo eu avistava que era a cidade das pessoas do rosto fino eu dizia:

          - Não. Eu não posso cair nesta cidade.

          Vendo o meu corpo flutuando como se lá embaixo estivesse alguma coisa que não permitia que eu descesse.

          - Está bem, deixe que eu vá pra muito longe, assim não vou cair nesta cidade de pessoas estranhas. Deus, ajude que eu voe, voe, voe...

          Mas nada adiantou, pois logo pude perceber que o meu corpo pesava e em menos de um segundo eu já estava perto do chão, mas sobre a linha do trem... Eu gritei:

          - Prefiro que o trem  venha e passe por cima de mim do que ficar neste lugar, seria muito melhor do que ficar aqui, eu não quer, não quero...

            Sei que foi difícil, mas quando eu próprio desejava tal coisa o trem veio e cai sobre ele.

         Senti aliviado de poder me sentir feliz de andar naquele trem, eu estava cansado, sei que dormi e acabei acordando em minha casa, mas acordando de verdade.

       De modo que esta foi a história que aconteceu em meu sonho e agora vamos  ouvir a história que um amiguinho meu tem pra contar:

          - E você Betinho, o que tem mesmo pra contar?

          - Eu sim, é um sonho.

          - Como se chama o seu sonho?

          - Não sei, sei que sonhei.

          - Está bem então, foi um sonho sem nome.

          - Sei que estava eu e meu primo.

          - Onde vocês estavam?

      - Vagando, sei lá, vagando de uma maneira diferente. Sei que estávamos numa casa de um conjunto, e lá na casa muito rapidamente o carro veio e se chocou na parede e matou o dono da casa.

          - E depois?

         - Eu sei que depois que o homem morreu. Nós já não estávamos lá, e sim na minha casa e o carro veio também nos perseguir, assim corremos para casa do nosso vizinho e lá a mulher abriu a porta.

          - Ela abriu a porta rapidamente?

    - Não, demorou um pouco, sei que estávamos aflitos, pois o carro vinha em nossa direção.

       - E quando ela abriu a porta, o carro entrou junto com vocês?

          - Não, o carro passou subindo a rua.

          - E o que mais?

          - Ah, não sei, só isso mesmo.

            Bem vejam o sonho do nosso amiguinho, não foi muito grande.

          - Deixe-me contar o meu também?

            - Sim, pode contar, vamos ouvi-lo também.

          - Eu estava com o meu amigo fazendo um trabalho de som na sua casa, e sei que a caixa do som deu defeito.

          - Mas o que aconteceu, qual é mesmo o seu nome?

          - Dani, e do meu amigo e Je.

          - Sim Dani e aí?

          - Ficamos notadamente tristes, pois som é uma coisa que quando pára não tem graça.

          - O que vocês fizeram então?

            - Não consegui entender, sei que lá mesmo no meio da multidão de pessoas surgiu um homem grande, muito alto, e nos emprestou as suas caixas de som.

          - Como eram estas caixas?

       - Grandes. Cada caixa dava duas das nossas, ele era muito grande.

             - E depois no que se deu?

             - Não sei, sei que acordei e disse para mim mesmo.

          - O que você disse?

          - Que besteira foi isso?

          - Ótimo Dani, e volte sempre para contar os seus sonhos que colocaremos em nosso livro dos sonhos.

          Bem amiguinhos por hoje é só, depois continuaremos com outras histórias de sonhos, não se esqueça de escrever os seus, devem ser histórias maravilhosas que não devemos ter medo delas, pois tudo é sonho, onde não tem problemas, por isso devemos sonhar a vontade...

                                                              Fim

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